I have no idea what the words are --
-- your video is a hypnotic trip

I have no idea what the words are -- -- your video is a hypnotic trip :)

Thank you, Aday. Here's the poetry that gave birth to the song, in Brazilian Portuguese and a loose translation in English.

Observava a cada dia a aranha que escolheu um canto peculiar, um vão da grade da janela na altura dos meus olhos. Bem na altura do meu olhar para fora. Todo dia abria a janela e lá estava ela, tramando e ao meu movimento se escondendo. Criando uma caverna de teia, uma maravilha translúcida, uma coisa assim que nem sei. Dias indo e eu abrindo a janela pro vento, pro sol e ela. Ela. Logo veio o ovo branco, textura áspera, prole anunciada. A aranha crescendo e eu me amarrando nela. O corpo era gordo já, as pernas quilométricas. Cúmplices, estávamos. Bom dia, eu dava. Antes de ontem repeti o movimento, como tantos outros que tenho repetido nesses meses só meus. E lá não estava ela. Só o ovo, a teia antes morada e um filhote de aranha abandonado. Cúmplices, somos.

* * * * * * * * * *

I watched each and every day the spider that chose a peculiar spot, a breach on the window frame at the height of my eyes. Right at the heigth of my gaze ouside. Everyday I openned the windows and there it was, planning and at my movement hiding. Creating a cavern of web, a translucid wonder, something that I don't even know. Days going and me openning the window to the wind, to the sun and her. Her. Soon came the white egg, harsh texture, offsprings announced. The spider growing and I digging her. The body was already fat, the legs kilometric. Accomplices we were. Good morning I saluted. The day before yesterday I repeated the movement, like the many others I have repeated these months only mine. And there wasn't she. Only the egg, the web before the home and an abandoned spider baby. Accomplices we are.

Thank you, Aday. Here's the poetry that gave birth to the song, in Brazilian Portuguese and a loose translation in English. Observava a cada dia a aranha que escolheu um canto peculiar, um vão da grade da janela na altura dos meus olhos. Bem na altura do meu olhar para fora. Todo dia abria a janela e lá estava ela, tramando e ao meu movimento se escondendo. Criando uma caverna de teia, uma maravilha translúcida, uma coisa assim que nem sei. Dias indo e eu abrindo a janela pro vento, pro sol e ela. Ela. Logo veio o ovo branco, textura áspera, prole anunciada. A aranha crescendo e eu me amarrando nela. O corpo era gordo já, as pernas quilométricas. Cúmplices, estávamos. Bom dia, eu dava. Antes de ontem repeti o movimento, como tantos outros que tenho repetido nesses meses só meus. E lá não estava ela. Só o ovo, a teia antes morada e um filhote de aranha abandonado. Cúmplices, somos. * * * * * * * * * * I watched each and every day the spider that chose a peculiar spot, a breach on the window frame at the height of my eyes. Right at the heigth of my gaze ouside. Everyday I openned the windows and there it was, planning and at my movement hiding. Creating a cavern of web, a translucid wonder, something that I don't even know. Days going and me openning the window to the wind, to the sun and her. Her. Soon came the white egg, harsh texture, offsprings announced. The spider growing and I digging her. The body was already fat, the legs kilometric. Accomplices we were. Good morning I saluted. The day before yesterday I repeated the movement, like the many others I have repeated these months only mine. And there wasn't she. Only the egg, the web before the home and an abandoned spider baby. Accomplices we are.

Muito bom! Kick ass track.
A voz dela é muito legal )

Muito bom! Kick ass track. A voz dela é muito legal :))

What a beautiful poem! Very original and evocative treatment of it

What a beautiful poem! Very original and evocative treatment of it